WEDDING AWARDS

VENCEDORES WEDDING AWARDS #1

CATEGORIA: História de Amor

SUBCATEGORIA: Bem Casados

VENCEDOR: Cely e John McNaughton


Nome do casal: Cely de Arruda Mello McNaughton & John Ferençz McNaughton

Data do casamento: 22/02/1977

História: 1976 foi um ano confuso. Terminei a faculdade de Direito, passei no exame da Ordem, mas não tinha certeza de que queria ser advogada. Já trabalhava há algum tempo no MASP, com o Prof. Bardi. Estava interessada em museus, galerias, história da arte.

Numa tarde de domingo vi, na mesinha de centro do living da casa de amigos, uma brochura da Università Internazionale dell´Arte de Veneza. Curiosa, recebi a informação de que meu amigo Roberto pretendia fazer um curso de pintura na escola que estava instalada no Palazzo Fortuny.

Aderi à idéia imediatamente. O Roberto e eu passamos o mês de agosto preparando documentos, passaportes, vistos. Logo embarcamos com destino à Itália.

No começo tudo pareceu bastante estranho. Fizemos amizade com outros estudantes - alguns brasileiros - que frequentavam os cursos do Palazzo Fortuny. Eu sentia saudades de casa, dos amigos, das cores e da luz do Brasil. Queria logo voltar, mas a curiosidade pelo desconhecido e a beleza estonteante de Veneza foram me segurando.

Foi, então, numa noite em que estávamos reunidos, meus amigos e eu, para o jantar, na cantina Da Rino, que conheci o aluno nova-iorquino de quem já tinha ouvido falar. John (Sean, para os íntimos) tinha 23 anos, era alto, forte, magro e, para meu gosto, um tanto branquelo. Entrou apressado, comprimentou todos da mesa e passou a fazer parte do grupo.

Minha room mate, Judite, ficou logo interessada. Nos contatos seguintes que tivemos com o Sean, ela se esmerou em mostrar o balanço da mulher brasileira, dançando e mostrando samba no pé. E o Sean se espantava com a performance da passista e com tudo o mais dos ruidosos brasileiros que falavam alto, sem cerimônia, na rua e em todas as situações.

Mas as coisas aconteceram ao contrário do esperado. Numa noite, após a apresentação dos Quartetos de Beethoven no teatro La Fenice (hoje reconstruído, depois do incêndio de 1.996) vi o Sean descendo as escadarias. Corri para cumprimentá-lo e, como achei natural, sapequei um beijo em sua bochecha.

Esse foi o gatilho para que o Sean se encantasse comigo. Como bom americano, não estava acostumado com esse tipo de cumprimento caloroso que nós, brasileiros, praticávamos. Tomou meu gesto como uma manifestação de interesse e passou a me ver com outros olhos. Pobre Judite. Ficou a ver navios!

O primeiro beijo aconteceu alguns dias antes do Natal. Passamos o réveillon com amigos italianos em Canazei, nas dolomitas, e alugamos um apartamento sem móveis no bairro veneziano do Zattere, onde fazíamos planos para o futuro olhando a vista da Fondamenta.

No dia 22 de fevereiro, assinamos a certidão de casamento em Nova York, portanto 60 dias depois do primeiro beijo. E decidimos que nossa casa seria em São Paulo mesmo. Afinal, eu morria de saudades.

Casamos no religioso na capela de São Pedro e São Paulo e o Roberto, do começo dessa história, foi padrinho. Desde então, passei todos os meus natais com ele - 35, até agora. Tivemos dois filhos, que hoje são adultos e também casados. Sean resolveu também estudar Direito e se formou na PUC de São Paulo. Hoje, se divide entre nosso escritório e as partidas de golfe, das quais não abre mão.

Ah! É claro! Temos, agora, mais ainda em comum: somos avós de duas netas lindas e de mais um bebê que está a caminho!





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